quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Perspectivas





Baixei o disco que tem essa música mais ou menos um ano e meio atrás. Sempre foi a minha preferida do disco, mas não gostava muito da letra, que me soava forçada na época. Porém com o passar do tempo fui mudando de opinião acerca de dela.

Desde dezembro do ano passado venho lidando com alguns sentimentos que até então me eram absolutamente obscuros, e que sempre me faziam ter profunda desconfiança de textos e letras de músicas em tom afetivo, sobre amor, relacionamentos e afins.
De certa forma foi algo chocante para mim me ver começando a entender o que aqueles autores sentiam e pensavam sobre as coisas que escreviam. Me dei conta de que racionalismo e sentimentos não são coisas que conseguem conviver em harmonia, já que tudo o que se passou na minha cabeça durante esses últimos meses me deixou confuso, perturbado e muito mais neurótico do que de costume já era.

Mas essa música em especial se tornou reveladora definitivamente para mim há apenas algum tempo, depois de descobrir uma coisa que sacudiu de vez com todas as minhas convicções, com o que eu achava sobre mim mesmo; e num momento em que eu estava completamente mergulhado numa depressão corrosiva por causa do meu fracasso mais amargo.
Bem, dizer abertamente o que foi creio não ser certo e nem necessário, já que é algo que não compete só a mim, envolvendo outras questões de outras pessoas, cujas quais eu respeito.

E confabulando sobre isso tudo hoje pela manhã, fiquei pensando sobre perspectivas e pontos de vista. Eu tinha uma perspectiva sobre sentimentos completamente diferente há um ano atrás, me baseando apenas nas minhas meditações pessoais e observações do mundo que me circundava, mas sem ter alguma experiência concreta que me fizesse comprovar essas ideias. E no momento que essa experiência aconteceu, se é que posso chamar o que se passou disso, lenta e gradativa, me obriguei a rever todos os meus conceitos, pensar melhor minha condição emotiva. Tentando não soar piegas, eu acredito que acabei achando uma parte de mim que passou quase toda a minha vida escondida num canto escuro do meu ser.
Então chego na conclusão de que a verdade pessoal de alguem (não uma verdade universal e inquestionável, mas sim algo que essa pessoa acredite e confie piamente) depende do seu ponto de vista, suas ideias e sua vivência, sendo essas características inerentes umas as outras.

Uma pessoa não vai poder mudar de ideia sobre alguma convicção sem que vivencie algum fato que o faça refletir sobre suas crenças, seja sobre alguma coisa ou sobre si mesmo. Eu aprendi isso da pior forma, e ainda aliado com todas as minhas angustias e incertezas, acabou me proporcioandno tempos bem complicados.
Sim, tempos complicados, mas que eu não iria quer apagar da minha vida. Tento ao máximo entender a maioria das coisas difíceis que me acontecem como formas de evoluir como ser humano, e todas as perturbações pelas quais passei (e ainda passo, não vou mentir) aos poucos me fazendoa entender melhor a vida, e me mostrando caminhos melhores a seguir. Claro que muitas vezes ( maioria delas, eu diria) fico pra baixo tem a certeza que vou fracassar em tudo na vida, que sou um fraco sem correção e que nunca vou poder me considerar "um homem de verdade". E eu de fato não sei o que vai ser de mim no futuro.

Mas apesar dos fracassos anunciados não vou deixar de tentar, e vou na onda do Dream Theater na bela música 'Learning to Live' do clássico "Images and Words:"

"I'm learning to live
I won't give up
'Till I've no more to give"








Bônus: confiram o post novo da minha amiga Vânia
no Tem espaço na Van
Tá bem legal!

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