segunda-feira, 13 de abril de 2009

Flmes que não vi


É impressionante a forma como o tempo passa. Parece até um filme Holywoodiano de última classe, cheio de idealizações e cenas previsíveis, onde o desfecho não passa de ilusão.

Um mundo moderno cheio de novidades que se empilham umas sobre as outras a todo momento, num fluxo que não se pode por mais freios, se desenrola de uma forma transloucada bem na nossa frente. Nossas pobres mentes são saturadas por notícias que se repetem incessantemente durantes os noticiários de hora em hora. Somos expostos a uma gama tão grande de coisas, que na maioria das vezes não entendemos nem a metade, mas do mesmo jeito a informação fica retida em algum ponto obscuro de nossa memória, fermentando mais e mais com os outros entulhos que vem chegando sem parar.

Bons eram os tempos em que as pessoas viviam sem saber quase nada sobre o mundo. Viviam suas vidas e se preocupavam só com os seus problemas, e não se martirizavam pelos "dramas" alheios.

Mas hoje, com a absurda interação proporcionada pelos meios modernos de comunicação, nos sentimos muito próximos a pessoas que sequer conhecemos, que se não aparecessem por seja lá o que for na mídia, não daríamos a menor falta.

É estranho ver como existe uma relação paradoxal entre as importâncias dos acontecimentos. As pequenas futilidades do dia-a-dia várias vezes ganham proporções épicas e avassaldoras. Uma lâmpada queimada se torna um crime infinitamente pior que o genocído de Ruanda nos anos 90, ou a fome que aflige os somalianos e os sudaneses, que além da fome precisam driblar guerras cívis que destruíram suas famílias e suas tradições.

Vamos enlouquecendo. Enlouquecendo na pseudo lucidez do mundo globalizado. A saturação midíatica nos faz nos reduzirmos as nossas excentricidades e egoísmos, que refletem em casos de interação com tolices cultivadas pelos próprios meios da imprensa sensacionalista, maquiados na hipócrita indignação inerte, inpulsionada pelos interesses mais baixos possíveis. Enquanto isso pessoas morrem dos jeitos mais tenebrosos e desumanos, ao mesmo tempo que as classes medianas vivenciam os dramas da novela das oito.

O mundo é definitivamente uma loucura. Uma loucura de sentimentos ganaciosos e mesquinhos que tiram o tempo de tudo. Os hábitos saudáveis são indiscriminadamente deixados de lado em detrimento à busca do dinheiro e à fútil felicidade.

Um bom filme num sábado tranquilo...... Utopia. A ganância não permitiria.

E são tantos os filmes que eu não vi.....